domingo, 27 de dezembro de 2009
sábado, 26 de dezembro de 2009
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
in an empty jar
DESCABELADO
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Maria Gabriela Llansol
na página número 8, dito: [...]"A libertação de poder escrever e imprimir eu própria. Escrever não é um protesto de inocência?
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
blá-blá-blices fundamentais
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
smokey eyes
Let me see what I need to see.
I want a prospect to what a real life is.
I want it now!
I really want to stay here and look close
to be able to look forward.
Oh, smokey eyes,
Keep open.
Oh, smokey eyes.
I want to be guided,
by my own perception.
I wanna see.
I want to be sober and lucid
when the time comes
I want to be awake to a due course of time.
At this moment
I beg to be here and near.
I beg to be prepeared
to pay my self-determined pledge.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
À morte.
É tranquila.
Ela é mais do que se pode ser algo.
Esteve presente antes mesmo do momento da primeira criação.
Anda descalça
Resiste ao sol, ao vento, à chuva, à seca,
ao relento.
Não é ruim, nem tampouco boa.
No mais, é amiga.
Talvez a única que mais me acompanha.
A cada nascer de dia
E a cada cair da noite.
A cada hora... a tempo.
Embora também não seja temporal.
E quanto mais tempo tenho ao lado dela,
E quanto mais a vejo, mais a respeito, a reverencio.
E quanto mais a aceito, mais aprendo com ela.
Ela é minha avó.
No entanto, não me garante mimos.
Ela é avó, porque não pode ser mãe.
E é sábia demais pra estar tão perto da minha geração.
Ela me conta histórias.
Ela me faz ninar.
Ela me abraça e me dá colo.
Ela está comigo.
Onde quer que eu vá, ela vai junto.
Em silêncio, paciente, certeira, com força.
Não é simpática, é simplesmente circunspecta.
Não é de agradar, mas não posso hoje negar que há algo de muito afetuoso nela.
domingo, 6 de dezembro de 2009
E quem disse que o amor é coisa de hippie?
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Um sabor de verdade
Nasci no dia 30 de abril, mas poderia ter sido no dia 10 de maio, como estava previsto. Sou a segunda, filha de pais separados desde meus 5 anos de idade. Isso também importa, assim como tudo que aconteceu na minha história importa.
Hoje eu penso que não houve nenhum evento traumático a que eu não pudesse superar, todos eles foram perfeitamente necessários.
Eu vivo e morro a cada dia. Eu nasci e vivo pra morrer; e voltar sempre, fazer parte sempre. Não acredito que as coisas se acabem, acredito que elas estão sempre num movimento de consubstanciação, a união da criação ao criador.
Não tenho religião, pelo menos nenhuma que seja conhecida pela humanidade ou que tenha um templo ou um nome. Não tem sacerdote na minha igreja, e minha igreja é o próprio mundo.
Eu acredito na transformação.
Fui criada por minha avó Clara, que me ensinou que "na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma". Isso mesmo, a Lei de Lavoisier. Aprendi isso no seu "laboratório" gastronômico, que também era um "ateliê" culinário, porque se tratava de alquimia e arte ao mesmo tempo. E ela era uma alquimista naquela cozinha. Eu me impressionava como ela conseguia produzir deliciosas tortas, bolos, suflês, sopas com a mistura de ingredientes de sabor insosso ou até mesmo desagradável; e ela era também uma artista, porque além de ficar tudo muito gostoso, fazia tudo com muita delicadeza e sensibilidade.
Enfim, o que eu aprendi é que eu posso estender o espaço de experimento para fora da cozinha e que eu não preciso desperdiçar nada, absolutamente tudo se aproveita. Cada sentimento e pensamento, cada idéia, cada opinião (mesmo que mude logo em seguida). Eu possso aproveitar tudo, sem censura, sem vergonha, sem limites.
E assim como as maravilhas da vovó que eu apreciava tanto com o paladar, com o olfato, o tato e a visão, eu estou verificando que é também desse jeito com a vida, com tudo na vida, tudo o que vem. Eu também posso transformar o que num primeiro momento acho ruim pra mim ou que me cause medo em uma experiência maravilhosa.
É uma questão de experienciar, e para isso é preciso se jogar, se entregar. Isso me dá medo sempre, mas aprendi também que mesmo o medo não significa que eu sou covarde, que eu não posso, que não sou capaz ou que é perigoso e mesmo o medo não me impede de ir, de viver, de experimentar. O medo é um sentimento natural que sempre vem sob a iminência do que é desconhecido, daquilo que nunca provei. O medo é a dúvida, é preconceituoso, mas é extremamente necessário, porque é ele que eleva o momento. O medo é como o sal. É um tempero necessário.
O importante é desapegar.
Também venho aprendendo que não preciso me apavorar com o medo e sim aceitá-lo e em seguida soltá-lo, liberá-lo. Também não é uma questão de resistência, nunca é. É imperioso se entregar, ainda que não significa se acomodar. Pelo contrário, a entrega para mim tem sido um exercício e, como todo exercício, no início causa desconforto.
Humildade.
Onde caberia a humildade nisso tudo? Pois é, a humildade é como o fermento. É ela um sentimento que me iguala ao todo. Também me aproxima de tudo, me nivelando ao que é extremamente natural, ao que é verdadeiramente real. A humildade me permite tudo isso que eu já disse, todo esse encontro, de maneira infinitamente plena. E plenitude é sinônimo de abundância. E abundância pra mim não é o que é demais, além da conta, pelo contrário, é o que é satisfatório, é a medida exata para o bem-estar essencial.
E a felicidade que se encerra nesses momentos, é como gota, é como um extrato de Deus, tão singular e genuína e por isso mesmo, a própria verdade.
Por fim, essa verdade, é o néctar mais saboroso. E na cozinha da vovó ela é a baunilha.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
A moça do walkman
Ela caminha sem se interessar em chegar.
Seus olhos nada procuram.
Não há aquela normal intenção de observar.
As imagens estão lá, passam por ela como se quisessem chamar sua atenção, mas ela já não estava lá há tempo.
Ela escuta a música que toca em seu walkman, mas não procura identificar o que diz a letra.
Ela está distante daqui.
Pergunto: onde e o que a fez buscar aquele lugar tão seguro?
E enquanto a fotografo em minha memória do outro lado da rua acontece de um pássaro cair sem vida à sua frente. Surpreendo-me ao vê-la mudar seu olhar para o pequeno e frágil animal falecido ao chão. Ela o olha, o percebe e daqui eu sinto que foi como se tivesse se desprendido um pedaço do seu espírito.
Os veículos trafegam como se quisessem chamar sua atenção. Ela que não parece ter a intenção de atravessar, mas que encontra-se de pé em frente à rua, estando ali como em qualquer outro lugar; e como em lugar nenhum.
Eu, de cá, do outro lado, enquanto a assisto me passa uma outra questão: o que será que ela está pensando, ou ainda mais profundamente, qual o sentimento dela agora?
Seu olhar continua fixo naquele animal. Será que ela está a procurar um resto de alma e será que há ainda ali algo que anseie em viver? O que nada tem a ver com a doce e patente esperança, mas tão simplesmente com o processo natural e fatal do curso da vida, como o do rio. Existe ao menos a gota da qual valha a pena tragar?
Ela parece estar presa àquela vida perdida daquele outro ser, como à dela própria.
Seu walkman parece ainda tocar algum som. Qual será a trilha que compõe aquele momento?
Não importa, à ela não importa realmente.
Talvez a música que toca ali seja a única coisa que represente o que está do lado de fora e pode acessar aquele espaço vazio. Seus ouvidos são, então, as portas que dão ao imenso salão de baile sem quem ali dance ao repertório que a moça escolheu.
De repente, ela tira de sua mochila um lenço florido e, misteriosamente, pega o pássaro e o enrola naquele pedaço de pano. Estranhamente guarda-o consigo. Nesse momento todos os carros param e ela enfim atravessa a rua, passa por mim e seu olhar se direciona ao meu e quando isso acontece eu sinto em mim uma profunda compreensão daquela moça do walkman.
Estou em vários lugares que idealizo. Talvez aquela Pasárgada?
Mas estou aqui também e aqui me serve para me levar além. Seja através de uma sensação que me toma de repente, seja pela música que ouço e me remete a um país que desconheço.
Eu me carrego para viagens agradáveis do meu sonho.
Eu observo o que está a minha volta e ainda não sei dizer se participo.
Sinto-me contente por perceber que encontrei a caligrafia para descrever isso. Eu que não sabia nem ao menos essa importância.
É isso! São todas as coisas que me controem, bem como tudo aquilo que passa a me interessar, mas é bom também saber que estou aberta aos novos encontros, que são tantos. Persevero nessa busca interminável de infinitas possíveis descobertas.
É tão magnífico! Porque sempre há algo acontecendo enquanto eu aconteço também dentro de mim.
Um certo compasso
Giro em torno de mim
Um compasso estreito de mim
E escuto em mim um som
Uníssono em lá
Sequenciado, ininterrupto lá
E lá, distante até de mim
Pode-se ouvir
O som que de mim propaga
E mesmo se em dó me chega a dor
Pra lá se vai meu tom que sai
E o lugar é certo
Nem bemol, nem sustenido, nem só um pouco perto
É o reduzido lá
Buscando o acorde
Pra me acompanhar
Brincante menina
Se fantasia no escuro
A roupa que a veste
A disfarça no deserto sem rostos
Distrai sua confusão no salto
E pula e se maquia
E se despe daquelas peles passadas
Sonâmbula, não vê a hora que passa
Brinca no tempo, que é todo dela
E dança e se revela
No embalo de cadência infantil
Ela é toda sua
Ela é toda minha
Ela sou eu
Ela você
E se despe de peles passadas
Não vê a sonâmbula que passa com a hora
Se dança e me revela
Infantil
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Escuto o som dos pássaros, dos pardais, bem-te-vis, as aves urbanas.
esse som que invade o dia logo cedo,
junto com o ronco dos motores.
é o mundo acordando...
tô me sentindo meio descompassada.
Não estou ganhando nada com isso
Não estou meditando, escrevendo um livro ou compondo uma música
Não estou fazendo planos para o futuro.
Não, nada disso.
Só não estou optando por não dormir.
Fico presa à coisas absolutamente sem importância.
E as horas vão passando, passando...
Deus ajuda quem cedo madruga.
Mas será que Ele alivia as dores
dos que vigiam o tempo durante a madrugada?
sábado, 26 de setembro de 2009
broto fugidio
o som insiste
Já foi
sábado, 19 de setembro de 2009
mellow sand
domingo, 13 de setembro de 2009
e é branco o seu lenço
domingo, 6 de setembro de 2009
Quase outono em Paris
domingo, 9 de agosto de 2009
O jardim encantado de Ana Alice
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Mais um caleidoscópio
quinta-feira, 30 de julho de 2009
lulililu (por aconselhamento de Artemis)
domingo, 26 de julho de 2009
Letra de música sem música
Por que riem de mim quando saio com minhas pantufas cor de rosa?
Só não tenho o pijama, aquele que queria ir à sessão das 9h com você
Não durmo à noite que é pra não te acordar com meu sonho
Prefiro não dormir à noite e não te acordar
De dia guardo um pouquinho da sopa que fiz pro jantar
Espero te dar
Espero te dar
Da da da da da
Da da da…
Da da, da da da da
Convoco nossos bichinhos pra fazer a nossa festa de aniversário
Porque escrevo isso, como se fosse haver melodia pra acompanhar?
Como se pudesse compor essa música
E tocar pra você depois que o filme das 9h acabar?
o periférico é variável
Mesmo se o que vejo não é aquilo para o que olho.
E se os meus olhos querem ir pr'uma outra direção?
E se eles não querem olhar para o que estou vendo?
Não posso compreender o que vejo e não entendo porque teimo em me concentrar no que olho.
A visão é periférica, enquanto meu olhar seleciona o objeto e o objeto é belo e seduz.
Ele traduz o meu desejo,
Desnuda meu sentimento,
Revela-me.
Fui descoberta agora!
Mas não quero fugir, ao contrário, quero ficar nesse acalanto do canto do olhar.
Um encantamento.
Momento.
O periférico é variável, o foco? eterno.
Lugares onde eu passeio
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sete dias - dia 3 - eu não estou aqui pra escrever essas coisas melosas que você acha que eu escrevo mas olha, tem sido muito difícil essa noite eu não aguentei o silêncio um...
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Sinto muito - Eu sinto muito. Sinto sua partida. Sinto cada ato. Sinto a incapacidade da entrega e os nossos fingimentos de que está tudo certo quando não está. Sinto m...
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Fechando o Blogger - Fechando a lojinha do Blogger. Doravante, atendemos no www.figueiredista.com
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Isso - -É isso? -Mas o que é isso? -Me diz você. -Pensei que você soubesse. -Queria ouvir de você. -Não sei… Por isso esperava que você me dissesse. -E eu queria ...
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HP 61 - Dos Colaboradores Meu filho – Daniela Mendes Vi uma meia suja jogada no canto do banheiro, a água de uma piscina se espalhando para fora depois de um berro...
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Momento Inusitado - Existiu um momento em que apenas um fiapo separava minha leveza de um grande peso e eu estava a balançar com a força do vento então um fotografo atento, me ...
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Meu paraíso particular... - *Eu moro exatamente no pico daquela montanha, a que é mais alta do que a pirâmide.*
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