Não há censura
contra o mal que você me fez
nunca houve
quem pudesse te repreender
Nem eu mesma consegui conter
tanto abuso
e eu quis saber
e tentei explicar
e nunca pude encontrar
o por quê
o por quê
o por quê
Tem a culpa do passado
meio manchado
borrado
cuspido
O medo de ser lúcido demais
e encontrar a saída
dessa loucura
e só era a criança
assustada
acorrentada
Era anjo caído
É cruel pensar
que eu pudesse sanar
sozinha
E jorrava dúvida
e confusão
Tinha alguma coisa incongruente
e displicente
e escasso em mim
Eu jazia assim
em sintonia
perfeita sintonia
com o fim
Agora sei onde estava
veio o parecer
foi o tinha que ser
Tudo encontrou o seu lugar
deixo estar
aqui embora lá
mas sempre em mim
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