sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Lista de coisas belas e outras maravilhas
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
domingo, 24 de outubro de 2010
doendo à seco
Um silêncio de verdade
Que agora me acalma, não mais incomoda
Uma dor no peito, uma placa de dor consistente
A dor que pesa e a falta de palavras que levita ao meu redor
O momento de me encontrar e de me perceber
O tamanho das coisas vistas daqui de onde estou
Não mais o barulho de um lamento
Não mais a lágrima raivosa
Choro porque sinto tudo isso
Chôro que me faz crescer
Sinto a brisa
Sinto o mundo lá fora
Sinto o ritmo do que está fora em acorde com o tempo lento vibrando nas paredes da minha casa
Estou acordada
E estou desmaiada
Ainda tem em mim um pouco da vontade de que me procure e de que me capture
Vou tentar não me encantar por esse pensamento da espera daquilo que pode não vir
Tudo isso me fez chegar até aqui
E isso me serve, assim como me serve essa ausência
Aquela que sou continua me esperando no lugar marcado
Ela já havia me convidado muitas vezes
Agora estou chegando
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Sob efeito ondulatório do contentamento da menina
Não preciso mesmo de muita coisa...
Estou em São João del-Rei, cidade em que nasci, mas que morei por aproximadamente 10 anos, entre idas e vindas ao Serro, outra cidade do interior de Minas Gerais. Hoje moro no Rio por aproximadamente 3 anos.
Vim para cá afim de me encontrar com minha avó que está internada e estou aproveitando para me encontrar ou me reencontrar também, de uma maneira diferente agora. Embora não estivesse fazendo isso conscientemente até então, eu procurei essa noite conversar um pouco com minha mãe sobre coisas que eu achava não ter conversado antes, apesar de que ela me disse que estava tendo uma sensação de que fiz as mesmas perguntas à ela há alguns anos atrás.
Eu a inquiri sobre a minha infância. Quis saber como eu era, meu comportamento, os momentos que tive... E ela me disse algo que eu nunca imaginava.
Eu sempre achei que fosse uma criança quieta, recatada e por vezes até mesmo um tanto quanto triste. Nada disso! Ela me disse que eu era exatamente o contrário, muito comunicativa, carinhosa, me dava bem com todo mundo e sempre criativa! Eu era feliz e a única coisa que me deixava preocupada, já com 2 anos de idade, era a minha irmã mais velha, Marina. Qualquer problema que ela apresentasse eu me sensibilizava, se ela chorava eu imediatamente ia ao encontro dela e pedia para não chorar mais e ficava ao seu lado até passar. Minha mãe também me disse que a Marina teve que atrasar 2 anos na escola para ficar na mesma turma que eu, tudo porque eu não a deixava estudar direito, porque queria estar na mesma sala que ela. Estudávamos na mesma escola e eu fugia da minha sala para ir para a da minha irmã. Disso eu me lembro!
Minha mãe também me revelou que no meu aniversário de 2 anos, minha avó Clara, essa que está internada, fez uma festa linda pra mim e cuja as fotos eu colei na parede do meu quarto de tanto que gosto de olhar para elas, tentando me recordar desse momento bom da infância e da Palominha. Ela me disse que quase ninguém foi, que só tinham 3 crianças além de mim e da minha irmã. Disse também que minha avó paterna, a vó Irene, ficou desapontadíssima, pois os convidados não levaram presentes e que a casa estava tão vazia que eu ficava passeando de velotrol livremente pela sala. Eu perguntei à minha mãe se eu estava triste por isso, por não ter ganhado presentes e não ter ido quase ninguém à minha festa e a resposta veio com a supresa (minha) de que eu não estava nem aí para isso, que estava feliz da vida andando no meu brinquedo e me divertindo com os amiguinhos que estavam lá e minha irmã. Eu fiquei espantada por me sentir amada mesmo assim e isso me deixou feliz. Fiquei feliz em saber que era uma criança simples, que me satisfazia com o que não era tanto, um pouco diferente do que foi pelo resto da minha vida (da parte que me recordo) até agora.
Mamãe chegou a me dar uma jóia dela para que eu ficasse contente e me disse que achava que a felicidade que ela me proporcionava nunca era suficiente para me deixar feliz e que não só ela, mas minhas avós também pensavam assim e, pelo visto, era exatamente o contrário, eu era feliz e não sabia (mesmo), como a canção. Eu achei engraçado a história da jóia, dada à uma criança de 2 anos, que não poderia entender o valor daquilo e eu não era nenhuma princesa! Mas também me senti uma ao saber hoje que minha mãe me deu esse objeto de tamanho valor e principalmente pelo gesto, mais valioso ainda. E eu era mesmo tratada como uma pequenina monarca.
Perguntei o que aconteceu com a jóia e se foi essa que eu havia perdido na escola. Mamãe me disse que achava que eu a tivesse perdido sim, 2 anos depois, mas que a encontrou guardada num potinho de danoninho dentro da minha merendeira. Eu achei até engraçado dela estar em minha posse por mais 2 anos, seja porque eu não a perdi até lá ou porque minha mãe pudesse de repente ter se arrependido de ter me dado algo de tanto valor, considerando que era ainda tão pequenina. Não sei que jóia é essa, nem se ela ainda existe ou talvez esteja penhorada. Sei que é preciosa a história e o carinho da minha família, assim como é belo eu saber um pouco que a Palominha era tão especial e que era eu lá atrás e que sou essencialmente assim, uma pessoa comunicativa, carinhosa, brincalhona, livre, que se importa com os outros, que ama sinceramente... Agora, o que mais me deixou contente foi saber que eu conseguia ser feliz com coisas tão simples, que eu não me atinha tanto à coisas sem importância mesmo, porque esse fato me mostrou como eu venho dando importância à coisas que realmente não merecem, simplesmente porque não têm.
Eu pude perceber verdadeiramente por esses instantes de conversa e com esse encontro à menina que fui, que a felicidade cabe mais na presença que no presente, no sentido que é possível ser feliz com quem está aqui ao meu lado, porque eu estou com eles também e não precisam me dar nada além da companhia; que eu posso sim me sentir presenteada com todos ao meu redor sem ficar sempre à espera de que me dêem algo para provar de que estão aqui, ou por aqui, ao meu lado.
Só tentando explicar melhor o que eu senti e estou sentindo...
Foi como um presente ganho depois de 27 anos passados daquela data, um presente recebido por todos aqueles (materiais) que não vieram no meu aniversário de 2 anos e que já não os teria mais e nem ao menos saberia dizer quantos nem quais, nem quem os me deu. Ao contrário, esse presente que ganhei essa noite, saber disso e da minha felicidade nesse dia de aniversário, me deixou tão feliz! Saber a menina que fui e que agora, talvez pela primeira vez, estou conscientemente sendo mais uma vez. Ou seja, foi o presente ganho duas vezes, porque eu entendi essa felicidade da criança que não sentiu falta alguma de mais do que aquilo que já estava tendo naquele momento, então, só consertando o que disse no início do parágrafo, não foi receber pelo o que não recebi, foi sim ganhar mais uma vez o que eu já tinha e o que eu tenho, foi reconhecer que sou esse alguém, um ser feliz e que eu sempre terei a mim!
E assim, como a difração da luz, essas informações todas passaram pelo meu coração essa noite e hoje irradiam em ondam livres e coloridas por todo a minha alma e agora são divididas com os que chegaram até essa linha dessa postagem e leram um pouco sobre esse encontro comigo menina.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
um lugar aqui
domingo, 22 de agosto de 2010
até
Pelos 4 meses, ele e ela
quarta-feira, 30 de junho de 2010
além do que...
quinta-feira, 20 de maio de 2010
it's all about make-up
e passa ele mais uma vez na boca
descasca uma pêra
e toma mais um pouco de mel
se arruma no salto
se atrapalha no alto
tamanha liberdade
que cansa a pele
e os cabelos
it's all about make-up
entra no banho de máscara
casa com o gato
sua banda é seu papagaio
bubblegummer é o nome dele
avon é o nome dela
da banda, da banda
it's all about make-up
it's all about make-up
não gosta de vento
não gosta de transpirar
não gosta de academia
mas adora dançar descalça
pelada
sem nada
sem batom
sem tom
sem som
sem se maquiar
porque...
it's all about make-up
it's all about make-up
and that's all!
quinta-feira, 29 de abril de 2010
e no dia do aniversário, versar!
- gostava de dedicar um tempo à distância que me aproximava da verdadeira observação, aquela que me integrava a cada pedaço, a cada frame de imagem que o meus olhos pudessem captar, ou não, à tudo aquilo que marcava em todos os sentidos da carne e sobretudo e principalmente às sutis percepções do espírito. Captando a criação, desconfigurando os pensamentos, vivendo em sentimento e encontrando o Criador.
- quando nada passa despercebido e se sorri ao ar e se suspira em gratidão ao que é fresco e renovado, ao que pode ser de novo novo, ao que se revive e vive como da primeira vez que fosse aquela sensação pura de ser uma, de ser um espírito-Deus.
- é na hora que eu me presenteio de mim mesma e isso me basta, por hora isso me satisfaz, ao meu espírito que é tão cansado, que na maior parte do tempo se desgasta de tanta, de tanta civilização. E os outros participam nessa hora, quando eu me mantenho em total amorosidade com qualquer um que venha, que esteja distante o suficiente para assim poder estar em mim.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
quinta-feira, 22 de abril de 2010
escafandrista da minha própria alma.
terça-feira, 13 de abril de 2010
embrace
Um descanso
Um engasgo
Um abraço
Depois do gozo
Um laço
Que desfaz outro laço
E aperta num nó na garganta
Vontade de chover temporais
De verão dentro dos meus olhos
Não por ser triste
É por ser livre
Um aconchego
Um livre suspiro
O sorriso aberto e sincero
De dois
Amantes
Nesse abrir do dia
Dessa estação que se encerrou
Vontade de chover temporais
E raiar
Ensaiar o ar da borboleta
Queimei aquela que já fui
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Arrumo! Ao meu rumo!
Ao me arrumar
Pensei que seria melhor
Me despedir
Agradecer
Mas não distrair meu sonho
Transferindo uma outra coisa
Mudando assim de lugar
Passei aquele batom.
Engraçado...
O vermelho na boca já não é o tom que me serve
Pensei que seria melhor
Me despedir
Agradecer
Arrumei
Meu cabelo, que também
Não é mais o mesmo
E a maquiagem nos olhos
Borra mais agora
Pensei em despedir...
É melhor agradecer
Tenho tanto compromisso
Tenho que me esticar
E espreguiçar
Receber o dia
Que vem só pra mim dessa vez
Um presente.
Pensei...
Agradeço
Ao me despedir de você
sexta-feira, 26 de março de 2010
UM SALTO FROUXO DE MIM
Existe uma terrível batalha da perfeição
Mas não há que ser perfeito, poxa
Isso não existe e por isso mesmo
É tudo tão maravilhoso
Não pensar que é errado
Se é feito com paixão
É só mais uma tentativa
Uma nova tentação
E o que há além de mim
Além de estar apaixonada
Sempre apaixonada?
E às vezes tem
Uma certa indisposição
Eu preciso me mover
Literalmente utilizar
Meus braços
E pernas
E necessariamente
As cadeiras
E, quer saber,
não há ninguém que compareça
A presença aqui e lá sou eu
E aqui não há passagem pra você
E de lá se despeça
Só tem mesmo
Sua própria despedida daqui
E eu não vou me manter inerte
Vou continuar
A me mover
Literalmente utilizar
Meus braços
E pernas
E necessariamente
As cadeiras
Vou saltar
Um salto
Salto
Frouxo
De mim
terça-feira, 23 de março de 2010
Pandemia da imunidade - HUMANA, DEMASIADO HUMANA - aff!
quinta-feira, 18 de março de 2010
chega de falar em parâmetros
e quem, quem está aqui comigo agora, com a gente?
nem tente se explicar
e na veia é tanta sede...
não carece esperar
posso querer não mais ficar
Lugares onde eu passeio
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sete dias - dia 3 - eu não estou aqui pra escrever essas coisas melosas que você acha que eu escrevo mas olha, tem sido muito difícil essa noite eu não aguentei o silêncio um...
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Sinto muito - Eu sinto muito. Sinto sua partida. Sinto cada ato. Sinto a incapacidade da entrega e os nossos fingimentos de que está tudo certo quando não está. Sinto m...
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Fechando o Blogger - Fechando a lojinha do Blogger. Doravante, atendemos no www.figueiredista.com
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Isso - -É isso? -Mas o que é isso? -Me diz você. -Pensei que você soubesse. -Queria ouvir de você. -Não sei… Por isso esperava que você me dissesse. -E eu queria ...
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HP 61 - Dos Colaboradores Meu filho – Daniela Mendes Vi uma meia suja jogada no canto do banheiro, a água de uma piscina se espalhando para fora depois de um berro...
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Momento Inusitado - Existiu um momento em que apenas um fiapo separava minha leveza de um grande peso e eu estava a balançar com a força do vento então um fotografo atento, me ...
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Meu paraíso particular... - *Eu moro exatamente no pico daquela montanha, a que é mais alta do que a pirâmide.*
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