domingo, 24 de outubro de 2010

doendo à seco



Um silêncio de verdade

Que agora me acalma, não mais incomoda

Uma dor no peito, uma placa de dor consistente

Um sentimento pesado e leve

A dor que pesa e a falta de palavras que levita ao meu redor

O momento de me encontrar e de me perceber

O tamanho das coisas vistas daqui de onde estou

Não mais o barulho de um lamento

Não mais a lágrima raivosa

Choro porque sinto tudo isso

Chôro que me faz crescer

Sinto a brisa

Sinto o mundo lá fora

Sinto o ritmo do que está fora em acorde com o tempo lento vibrando nas paredes da minha casa

Estou acordada

E estou desmaiada


Ainda tem em mim um pouco da vontade de que me procure e de que me capture

Vou tentar não me encantar por esse pensamento da espera daquilo que pode não vir


Tudo isso me fez chegar até aqui

E isso me serve, assim como me serve essa ausência


Aquela que sou continua me esperando no lugar marcado

Ela já havia me convidado muitas vezes

Agora estou chegando

E não quero agora me distrair disso

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